terça-feira, 28 de dezembro de 2010

A maldição de Karán

Pérolas do Fred.

Fred estava me explicando hoje porque a mais de vinte anos não olhava pra nenhuma mulher que não fosse sua esposa. O problema, segundo ele, era a maldição de Karán (algo meio árabe, pra dar um floreado, também segundo ele). Uma vez ele tentou "pular a cerca" e antes que ele fizesse qualquer coisa sua mulher já sabia das suas intenções e quebrou o pau nele. Passados todos esses anos sua esposa lembra de seu deslize como se fosse hoje.... Segue a maldição.

Um boi e um vaca apaixonados passaram anos se olhando tendo um cerca de arame farpado entre eles. Não aguentando mais aqueles anos de sofrimento o boi resolve saltar a cerca. Feito isso ele se aproxima de vaca e diz:

- Olá, como é seu nome?
- Oi, eu sou Florisbela, mas pode me chamar de Flor pois o bela já foi-se com os anos. E você, como se chama?
- Karambola, mas pode de chamar de Karán, pois as bolas ficaram na cerca.

Ah, não acho graça, né? Se você conhecesse o Fred estaria morrendo de rir.

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Nós somos a soma das nossas decisões

Ôpa! Tá chegando o fim de ano, fatalmente pra maioria rola aquelas reflexões sobre o ano que passou e resoluções para o novo ano, nesse clima  recebi a um e-mail com um texto atribuído ao Woody Allen, enfim, achei bacana e reproduzo aqui.

“Nós somos a soma das nossas decisões.” (Woody Allen)

A gente é o que a gente escolhe ser, o destino pouco tem a ver com isso.
Desde pequenos aprendemos que, ao fazer uma opção, estamos descartando outra, e de opção em opção vamos tecendo essa teia que se convencionou chamar “minha vida”.
Não é tarefa fácil...
No momento em que se escolhe ser médico, se está abrindo mão de ser piloto de avião.
Ao optar pela vida de atriz, será quase impossível conciliar com a arquitetura...
No amor, a mesma coisa: namora-se um, outro, e mais outro, num excitante vaivém de romances.
Até que chega um momento em que é preciso escolher entre passar o resto da vida sem compromisso formal com alguém, apenas vivenciando amores e deixando-os ir embora quando se findam, ou manter um relacionamento com direito a casa própria, orçamento domésticos e responsabilidades...
As duas opões têm seus prós e contras:

Viver sem laços ... e viver com laços.
Escolha: beber até cair ou virar vegetariano e budista?
Todas as alternativas são válidas, mas há um preço a pagar por elas.
Quem dera pudéssemos ser uma pessoa diferente a cada 6 meses: ser casados de segunda à sexta e solteiros nos finais de semana. Ter filhos quando se está bem disposto e não tê-los quando se está cansado.

Por isso é tão importante o auto conhecimento...

Por isso é necessário ler muito, ouvir os outros, estagiar em várias tribos, prestar atenção ao que acontece em volta e não cultivar preconceitos.

Nossas escolhas não podem ser apenas intuitivas, elas tem que refletir o que a gente é.
Lógico que se deve reavaliar decisões e trocar de caminho: Ninguém é o mesmo para sempre.
Mas que essas mudanças de rota venham para acrescentar, e não para anular a vivência do caminho anteriormente percorrido.
A estrada é longa e o tempo é curto.
Não deixe de fazer nada que queira, mas tenha responsabilidade e maturidade para arcar com as consequências destas ações.
Lembre-se: suas escolhas têm 50% de chance de darem certo, mas também 50% de chance de darem errado, portanto... A escolha é sua...!

Arrisque...!!!
Vale a pena...!!!

Texto enviado pelo Walbert.

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Linhas e estilos de Aikido, qual seguir?

Sobre os vários "estilos" de Aikido, mesmo aqueles considerados mais antigos e importantes, como o Tomiki Aikido, Shin Shin toitsu e Yoshinkan Aikido, existem várias histórias, algumas contraditórias, deixando no ar uma certa impressão de que algo ficou esquecido no tempo, ou mesmo foi contado de forma diferente do que realmente aconteceu. Deixe-me explicar usando como o exemplo o Tomiki Aikido. Segundo o sítio do Tomiki Aikido of America, o fundador desse estilo foi Kenji Tomiki, era um dos melhores judocas Kodokan e foi mandando pessoalmente pelo mestre Jigoro Kano para treinar com o sensei Mohirei Ueshiba. Durante uma década ele treinou diretamente com o fundador do Aikido, recebendo o Menkyo (algo com proficiência na arte, professor). Mais tarde, após a implantação dos "dans" na Aikikai, ele recebeu o 8º dan. Ele resolveu aplicar a metodologia do Judo no Aikido e com isso saiu da Aikikai fundando o Shodokan Aikido.
Essa é a história conhecida e amplamente divulgada, porém existem as que contam nas coxias. Dizem que os dois discípulos enviados pelo mestre Jigoro Kano foram Minoru Mochizuki e Jiro Takeda. A citação de que Tomiki sensei foi enviado do kodokan é uma versão distorcida feita por alguns kohais da Aikikai na intenção de desmerecê-lo, pois ele era o mais antigo e mais graduado aluno do Ueshiba sensei, junto com Gozo Shioda. Após a morte do fundador do Aikido, surgiram alguns problemas com entre eles e o 1º doshu, Kishomaru Ueshiba, principalmente na forma de executar as técnicas, é só reparar nos vídeos existentes que a técnica deles era mais parecida com a que o sensei Morihei Ueshiba praticava. As mudanças ocorreram pelos sucessores na Aikikai. Após a saída deles, existiu uma tentativa de que fosse retirado o nome Aikido de qualquer estilo que não fosse Aikikai, porém sem sucesso pois os antigos alunos não aceitavam que praticavam algo diferente do que o Aikido que aprenderam com o fundador. Sim, Tomiki sensei desenvolveu uma forma de competição, mas os treinos regulares ainda seguem a mesma mecânica do original.
O que aconteceu de fato fica meio que no ar, exitem várias publicações em português e inglês que nos ajudam a entender a história, mas contam o que alguém ouviu ou presenciou e suas impressões, podendo ou não ser a verdade absoluta. Eu acredito que o importante é não tomar partido na história e gritar ao vento que seu estilo é o original, por isso melhor. A beleza do Aikido está na descoberta do que ele significa para você mesmo, e isso é maior do que as organizações. Claro que ter boas referências conta, mas existem várias atualmente e seguir uma ou outra é uma opção válida e devemos respeitar a decisão de cada um.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

OSS?

OSS! É uma expressão que ouvimos comumente nas artes marciais japonesas, e só apareceu pra mim a pouco mais de um ano quando comecei a praticar Judo. No Aikido aqui no Brasil me parece que não acontece como em outros países, pois nesses quase 4 anos de treino, seminários e encontros de Aikido, não ví sequer um praticante falando, mas sei que existem escolas por aí que usam.
Mas o que seria isso? Qual a origem?
Andei pesquisando e cheguei a conclusão que a origem é incerta. O que existem são teorias apenas.

A primeira é sobre um cumprimento que os japoneses fazem quando encontram alguém na rua. Eles falavam algo como "Ohayo gozaimasu", que significa, de forma bem polida "é cedo", uma espécie de "bom dia". Percebeu-se que atletas, durante a atividade esportiva, como corrida por exemplo, não utilizavam toda a expressão e respondiam com um "Ohayossu!", "Ohayoosu!", "Oosu" ou "Oss", uma contração da frase  original. Entretanto, essa forma é considerada rude, masculina e deve ser utilizada com colegas de treino (não com o professor ou sensei) e pessoas em atividades geralmente esportivas. Seria como um "E aí!" em português.

Outra teoria tem haver com os dois kanji que formam o ideograma "Oss". O primeiro (Osu)  significa empurrar, pressionar, promover. O segundo (Shinobu) significa resistir, aguentar ou ocultar, esconder.
Isso pode criar vários significados, como "perseverar em condições difíceis" (o que caberia bem com a filosofia e história do Karatê) ou "esforçar-se sem mostrar", algo que pode se vê em alguns japoneses quando treinam, suas fisionomias não mudam mesmo em grandes esforços. Existe um texto do Sensei Okuda do Karatê que fala sobre o uso da expressão pelos lutadores da Marinha Imperial japonesa, o que reforça essa teoria.
  
Kanji "Oss" ou "Osu"

Por último, encontrei como uma contração de "Onegaishimasu", que é uma forma educada de dizer "por favor" e as vezes "desculpe".

Eu particularmente não utilizo muito o "Oss", apenas nas aulas (cada vez mais raras) de judo, já que no Aikido é comum o uso do "Onegaishimasu".

No aikido sempre se começa com "Onegaishimasu"

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Dois ou três almoços, um silêncio (Fragmentos disso que chamamos "minha vida")

Por Caio Fernando Abreu

Há alguns dias, Deus — ou isso que chamamos assim, tão descuidadamente, de Deus —, enviou-me certo presente ambíguo: uma possibilidade de amor. Ou disso que chamamos, também com descuido e alguma pressa, de amor. E você sabe a que me refiro.

Antes que pudesse me assustar e, depois do susto, hesitar entre ir ou não ir, querer ou não querer — eu já estava lá dentro. E estar dentro daquilo era bom. Não me entenda mal — não aconteceu qualquer intimidade dessas que você certamente imagina. Na verdade, não aconteceu quase nada. Dois ou três almoços, uns silêncios. Fragmentos disso que chamamos, com aquele mesmo descuido, de "minha vida". Outros fragmentos, daquela "outra vida". De repente cruzadas ali, por puro mistério, sobre as toalhas brancas e os copos de vinho ou água, entre casquinhas de pão e cinzeiros cheios que os garçons rapidamente esvaziavam para que nos sentíssemos limpos. E nos sentíamos.

Por trás do que acontecia, eu redescobria magias sem susto algum. E de repente me sentia protegido, você sabe como: a vida toda, esses pedacinhos desconexos, se armavam de outro jeito, fazendo sentido. Nada de mal me aconteceria, tinha certeza, enquanto estivesse dentro do campo magnético daquela outra pessoa. Os olhos da outra pessoa me olhavam e me reconheciam como outra pessoa, e suavemente faziam perguntas, investigavam terrenos: ah você não come açúcar, ah você não bebe uísque, ah você é do signo de Libra. Traçando esboços, os dois. Tateando traços difusos, vagas promessas.

Nunca mais sair do centro daquele espaço para as duras ruas anônimas. Nunca mais sair daquele colo quente que é ter uma face para outra pessoa que também tem uma face para você, no meio da tralha desimportante e sem rosto de cada dia atravancando o coração. Mas no quarto, quinto dia, um trecho obsessivo do conto de Clarice Lispector "Tentação" na cabeça estonteada de encanto: "Mas ambos estavam comprometidos. Ele, com sua natureza aprisionada. Ela, com sua infância impossível". Cito de memória, não sei se correto. Fala no encontro de uma menina ruiva, sentada num degrau às três da tarde, com um cão basset também ruivo, que passa acorrentado. Ele pára. Os dois se olham. Cintilam, prometidos. A dona o puxa. Ele se vai. E nada acontece.

De mais a mais, eu não queria. Seria preciso forjar climas, insinuar convites, servir vinhos, acender velas, fazer caras. Para talvez ouvir não. A não ser que soprasse tanto vento que velejasse por si. Não velejou. Além disso, sem perceber, eu estava dentro da aprendizagem solitária do não-pedir. Só compreendi dias depois, quando um amigo me falou — descuidado, também — em pequenas epifanias. Miudinhas, quase pífias revelações de Deus feito jóias encravadas no dia-a-dia.

Era isso - aquela outra vida, inesperadamente misturada à minha, olhando a minha opaca vida com os mesmos olhos atentos com que eu a olhava: uma pequena epifania. Em seguida vieram o tempo, a distância, a poeira soprando. Mas eu trouxe de lá a memória de qualquer coisa macia que tem me alimentado nestes dias seguintes de ausência e fome. Sobretudo à noite, aos domingos. Recuperei um jeito de fumar olhando para trás das janelas, vendo o que ninguém veria.

Atrás das janelas, retomo esse momento de mel e sangue que Deus colocou tão rápido, e com tanta delicadeza, frente aos meus olhos há tanto tempo incapazes de ver: uma possibilidade de amor. Curvo a cabeça, agradecido. E se estendo a mão, no meio da poeira de dentro de mim, posso tocar também em outra coisa. Essa pequena epifania. Com corpo e face. Que reponho devagar, traço a traço, quando estou só e tenho medo. Sorrio, então. E quase paro de sentir fome.

(Publicado no jornal "O Estado de S. Paulo", 22/04/1986)

Texto indicado por uma quase-conhecida...

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Eventos de Aikido - Setembro e Outubro de 2010

Nos últimos dias aconteceram dois eventos da Confederação Brasileira de Aikido - Brazil Aikikai que considero importantes pra região. Primeiro foi o Encontro Técnico de Aikido em Aracaju, realizado pela Associação Sergipana de Aikido -ASAIK nos dias 25 e 26 de Setembro de 2010, com a presença do Shidoin Alexandre Bull. O segundo foi o Seminário Integral de Aikido, realizado pela Associação Mushin de Aikido da Bahia, nos dias 08, 09 e 10 de Outubro em Salvador, ministrado pelo Shihan Wagner Bull.
Apesar de serem eventos da mesma Confederação e conduzidos por senseis da mesma linha, escola (Takemussu) e família (filho e pai), os eventos aconteceram de forma distintas. No primeiro, o Shidoin Alexandre enfatizou a melhor maneira de se fazer as técnicas, corrigindo o detalhe, mostrando a forma. Nesse evento foi possível ver o refino do movimento, e a cada demonstração as coisas faziam sentido. Quem foi não se arrependeu, foi muito bom. 
Já o do Shihan Wagner a coisa é um pouco diferente. Ele te mostra coisas que são difíceis de entender, como uso do ki, por exemplo. Nesse evento você fica realmente se sentido que não sabe nada da arte e que o caminho e muito mais longo do que se pensa, é uma dose grande de realidade. Pra mim é sempre muito bom vê-lo em ação, vale muito a pena.
Enfim, fico feliz em poder ter ido para os dois, agora tenho muito mais o que treinar.

Seminário Integral da Associação Mushin de Aikido - Salvador-BA

Encontro Técnico da Associação Sergipana de Aikido - Aracaju-SE

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Encontro Técnico de Aikido em Aracaju - 25 e 26/09/10

Nos próximos dias 25 e 26 de setembro de 2010 acontecerá aqui em Aracaju, na academia AKAGI, um Encontro Técnico de Aikido organizado pela Associação Sergipana de Aikido - ASAIK, sob a coordenação do Sensei Valdenberg Araújo (3º dan, Aikikai), aluno do Shihan Wagner Bull (6º dan, Aikikai) e patrocionado pela Confederação Brasileira de Aikido - Brazil Aikikai.
O encontro será conduzido pelo Shidoin Alexandre Bull (4º dan, Aikikai), e será uma ótima oportunidade para desfrutar de um Aikido de alto nível. Já participei de eventos com sua presença e confesso que fiquei impressionado com sua capacidade atlética e nível técnico. Vale muito a pena o investimento.
Mais dados:
Alexandre Sallum Bull, nascido em 1982, é médico formado pela USP, pratica Aikido desde os 3 anos de idade. Foi ushi deshi (aluno interno) no New York Aikikai e no Aikikai Hombu Dojo em Tokyo. Treinou com vários alunos diretos do fundador em seminários e cursos. Foi o primeiro aluno do Instituto Takemussu. Atualmente possui o 4º dan e tem o título de Shidoin (professor) em Takemussu Aiki. É filho do Shihan Wagner Bull e supervisiona o treino dos iniciantes no Instituto Takemussu. Também tem seu próprio Dojo no Centro Acadêmico da Faculdade de Medicina Pinheiros onde se formou, próximo ao Metro das Clínicas.

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Cansado e sem combustível

Sou um cara que não adoece por brincadeira, mas esses últimos dias... duas idas ao hospital (incluindo hoje). Tô cansado!

quarta-feira, 30 de junho de 2010

Dunga emo??

Na minha opinião razão a é simples. Dunga deve ser emo, assim ele não precisa de muitos motivos para ser chato.
Vejam as provas:

1 - Ele sempre está de mau humor, o que é típico;

2 - Usa umas roupas absurdas, dizem que sua filha quem monta seu figurino, mas é mentira. Ele mesmo se produz, só pra ser parecido com a banda Cine (que ele adora), algo muito emo;

3 - Adora o Kaká, mesmo ele tendo esnobado por duas vezes sua convocação, o Dunga continua achando ele o máximo (não sei se isso é emo, mas não importa tanto).

4 - E a prova final: A franginha típica do emo, que só não tem agora pra disfarçar.


Enfim... tirem suas próprias conclusões.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

"Receba!"

Semana passada me amigo Sávio me enviou essa mensagem. Amigo de velha data, gente de bem, fiquei muito feliz quando li.

“Escolho meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila.
Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante.
(...) Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo.
Deles não quero resposta, quero o meu avesso.(...) Escolho meus amigos pela alma lavada e pela cara exposta.(...) Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem,mas lutam para que a fantasia não desapareça.
Não quero amigos adultos nem chatos
Quero-os metade infância e outra metade velhice.
Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto: e velhos, para que nunca tenham pressa.
Tenho amigos para saber quem eu sou.
Pois os vendo, loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que “normalidade" é uma ilusão imbecil e estéril."
 

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Bora brocar Brasil!

Tem gente que diz que é exagero exigir que a seleção Brasileira de Futebol ganhe sempre, mas basta ver o histórico contra as outras seleções da copa que fica fácil entender. veja o histórico até essa semana (fonte: sítio da CBF):

Então, que venham as outras. Ganhar é normal, perder é que zebra!. E outra, eu gosto do Dunga e nem adianta reclamar.

Detalhe: Se o Brasil não se classificar eu vou torcer pra Argentina.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

"Outrora eu era daqui, e hoje regresso estrangeiro, forasteiro do que vejo e ouço, velho de mim. Já vi de tudo, ainda do que nunca vi, nem o que nunca verei. Eu reinei no que nunca fui."

Fernando Pessoa

Muito boa com bebidas etílicas destiladas...

terça-feira, 8 de junho de 2010

Lula e Galvão Bueno na Copa

Assistir um jogo da seleção com o Galvão narrando é quase uma tortura, e o presidente Lula tem uma culpa nisso. Galvão já foi bom narrador, num passado (distante) eu gostava dele, mas ele segue seu curso num processo intrigante de pioria contínua. Evito ao máximo assitir a jogos com ele, ainda bem que temos algumas opções, como os bons narradores do SporTV e da ESPN (assistir a Luciano do Valle na BAND é outra miséria). Bom, e o que presidente Lula tem haver? Simples. Lula resolveu investir numa televisão aberta em alta definição e cumpriu. Hoje podemos ver a novela (sic) em HDTV, inclusive os jogos da copa. O detalhe é que a televisão paga que uso não acompanhou, e infelizmente a Globo vai ter a melhor imagem da copa (aqui em aracaju)! Isso me faz voltar a Galvão Bueno. Vou ser forçado a assitir um jogo com ele narrando. Tive essa infeliz experiência nos últimos "bábas" da seleção. Seus comentários vão irritando sistemáticamente. É quase uma máquina e idiotices. No jogo contra a Tanzânia, além de querer nos convecer que o Brasil jogou bem e tal, falou um monte de asneira. A gota d´água foi quando o comentarista Falcão (que entendia de futebol até conhecer Galvão), num lance de percepção, comentou que Kaká não sorriu no seu gol, invés, apresentou uma cara tensa, como se estivesse preocupado, e isso não era bom para o craque do time. Galvão fez outra leitura, disse que o Kaká não comemorou pois estava com o "sentimento de guerreiro, pronto para mostrar sua técnica no mundial!!" Galvão!? Ajuda aí! Tá na hora de se aposentar!! Certo estão os mineiros, que quando o Galvão tá no mineirão, em unísono cantam: "Ei Galvão! Vai tomar...". Mas, esperar o que da Globo? Lula fez seu papel trazendo um sistema bom de imagem e som e a Globo está fazendo o que ela sempre faz, utilizando o recurso pra nos dar as mesmas drogas, só que agora em HDTV.


segunda-feira, 31 de maio de 2010

Mochileiro na Alemanha

Viajar como mochileiro é uma aventura que requer algum planejamento, cuidados e por que não, de sorte. Pra quem ainda não foi, segue algumas dicas (minhas), que devem ajudar. Ser mochileiro pode implicar em caminhar muito, comer em qualquer lugar, passar algum perrengue, mas com certeza se divertir. Não aconselho viajar com alguma doença, e sem nenhum preparo físico, mas não precisa ser atleta, apenas estar bem é suficiente.
É importante não esquecer de comprar as passagens com certa antecedencia. Além da passagem, deve-se fazer um seguro saúde (que é obrigatório em alguns países) na quantidade de dias que vai ficar no exterior, uma carta convite ou valsh de hotel ou hostel.
Existem várias empresas que viajam para Alemanha. Um dos preços mais baixos saindo de Salvador para Frankfurt é o da empresa Condor. O voo é direto, mas procure sempre viajar a noite, durante o dia o avião fica parecendo uma feira e dormir é praticamente impossível.
Ter 70 por dia deverá ser suficiente para os passeios, mas não abuse nas compras. Cartões de crédito internacionais são muito úteis, mas não esqueça de informar a operadora de cartões sobre a viagem. Se você for cliente do Banco do Brasil, basta ir nos terminais de autoatendimento. Na europa você pode sacar dinheiro de qualquer caixa eletrônico de qualquer banco sem maiores problemas, basta que tenha a bandeira do seu cartão.
Na Alemanha espere gente bacana e receptiva. Pra quem não fala alemão, é muito fácil encontrar quem fale inglês (português e espanhol é bem mais raro). Sugiro um livro de conversação para facilitar as coisas.
Andar na Alemanha pode ficar caro se a opção for trem, pois as passagens ficam caras se não compradas com antecedencia. Mas existe uma opção excelente, são os sites de caronas. O melhor (que eu conheço) é o Mitfahrgelegenheit, ele é todo em alemão, mas é muito fácil de usar, basta você escolher um local e ver a disponibilidade de carros, vagas e o valor. Ligue para a pessoa que está oferecendo a carona, e marque local e hora. 
Chegando em qualquer cidade, procure primeiro obter um mapa da cidade e do sistema de transporte público. Faça um roteiro do que quer ver e aproveite cada segundo. 
A Alemanha realmente é um país impressionante e recebe muito bem os brasileiros, além de ser bem seguro. Não esqueça de provar as cervejas locais, a comida também é muito boa. Enfim, vale a pena o esforço.